Bonito, no Mato Grosso do Sul, é um destino de ecoturismo muito procurado por viajantes de todo mundo. Localizado no coração do Brasil, esse verdadeiro paraíso natural é conhecido pelas águas transparentes de seus rios, pelas formações rochosas fascinantes e por uma variedade deslumbrante de fauna e flora. Bonito oferece uma experiência única para turistas das mais diferentes idades. Todos esses elementos combinados revelam um destino imperdível para quem busca conexão com a natureza.
Nós estivemos por lá e adoramos. Então, fica aqui pois nesse post eu vou contar como foi visitar Bonito em 4 dias: passeios, hospedagem, como chegar e como se deslocar por lá.
Quantos dias ficar em Bonito e qual a melhor época?
Definir o tempo necessário para ficar num destino nem sempre é tarefa fácil. Aliás, é uma dúvida frequente no momento de montar um roteiro de viagem. No entanto, depende de vários fatores, tais como: a quantidade de dias que você tem disponível, se você gosta de uma viagem com muitas atrações no mesmo dia ou se prefere ter um tempo para curtir a hospedagem ou até mesmo descansar.
Nós fizemos 4 dias de passeios e mais um dia pra ir e outro pra voltar. Achei pouco, ficaria mais e teríamos programas legais para fazer. Nós fomos em setembro e gostamos muito do clima. No 1º dia estava 18º graus a noite e nos demais em torno de 22. Pessoas que estavam na cidade relataram que na semana anterior tinham pego 2 dias de muita chuva e frio. Em nossas pesquisas vimos que abril, maio e junho, período pós chuvas, as cachoeiras estão com maior volume de água. Já setembro, outubro e novembro são indicados como uma época legal. No inverno dizem que a água dos rios e das cachoeiras é bem gelada, o que interfere um pouco no aproveitamento dos passeios. O por do sol promete ser lindo em qualquer estação.
Como chegar em Bonito?
Bonito fica no oeste do estado de Mato Grosso do Sul, na região centro-oeste, e para nós, que moramos no Rio de Janeiro, foi necessário pegar um voo para Campo Grande, que é a capital do estado. Nós fomos de AZUL do Rio para Campinas. Ao chegar no aeroporto de Campo Grande poderíamos ter pego um transfer até Bonito ou alugado um carro e nós optamos pelo aluguel pois assim teríamos independência para fazer os passeios.
Existe voo da Azul para Bonito e embora seja mais caro talvez compense pois o aeroporto fica perto do centro da cidade. No entanto, é importante pesquisar em quais cidades esse voo faz conexão, pois em cidade pequena o aeroporto também é pequeno e portanto recebe aeronaves de menor porte.
Como é a estrada de Campo Grande para Bonito?
A paisagem é muito diferente de tudo que já tínhamos visto. De um lado e de outro plantações a perder de vista em planícies imensas. O caminho é bonito, mas depois de um tempo a estrada se torna muito monótona pois não tem curvas, nem subidas e descidas. Além disso, é uma pista de ida e outra de volta, ou seja, não tem mão dupla. Isso exige uma atenção grande do motorista e dificulta qualquer ultrapassagem embora na maior parte do percurso a movimentação de carros não seja grande. Não tem acostamento e não tem nenhum lugar na estrada onde você possa parar para ir ao banheiro, tomar um café ou esticar as pernas. O waze não funciona pois não tem internet e isso dificulta qualquer contato que seja necessário. Só quando chega próximo aos centros urbanos de Sidrolândia e Jardim é que a internet pega. Fizemos o trajeto - Campo Grande/Bonito - em quase 5 horas.
Viagem por conta própria X Viagem com agência
Nós costumamos organizar nossas viagens por conta própria, mas em Bonito eu aconselho o suporte de uma agência local para contratação dos passeios e hotel. Como estávamos viajando fora de temporada, inicialmente, achei que poderíamos chegar em Bonito, ir à uma agência e definir os passeios. Depois soubemos que os pontos turísticos da região têm um número limite de visitantes por dia, por horário e por grupo e nós tínhamos poucos dias disponíveis na cidade, então avaliamos ser melhor já chegar lá com tudo planejado e assim não perder tempo nem deixar de visitar o que queríamos. O viajante que tem flexibilidade de dias pode contratar os passeios ao chegar lá. Caso contrário vá com tudo acertado para não correr o risco de deixar de fora aquele lugar que tanto sonhou conhecer.
O preço dos passeios é tabelado, ou seja, todas as agências cobram o mesmo valor. Escolha a agência com a qual mais simpatizar.
Essa viagem foi organizada pela Bia da agência H2O e adoramos o atendimento que foi extremamente cuidadoso, paciente e rápido. No dia que chegamos a Bonito passamos na agência, recebemos um mapa em papel onde constavam todas as atrações de Bonito e a Bia já tinha assinalado o local onde iríamos a cada dia, com distância do centro e o horário que deveríamos estar lá. Todos os dias pela manhã recebíamos no WhatsApp o mapa de como chegar ao local do passeio, mas quando o waze não funcionava o mapa físico era nossa salvação. Com todo esse apoio da H2O nos sentimos bastante seguros.
Bonito em 4 dias
Ficamos muito surpresos positivamente com Bonito. A cidade é limpa, bem cuidada, bonita e estruturada para o turismo. Há muitas placas de sinalização dos pontos turísticos espalhados por toda cidade, o que orienta os visitantes. Na rua principal e nas perpendiculares há muitas lojas, restaurantes, hamburguerias e agências de turismo que ficam abertas até tarde da noite. A feirinha de artesanato funciona todos os dias e os souvenirs têm um preço justo.
Como se deslocar em Bonito para os passeios
Fomos para todos os passeios no carro que alugamos. Assim tivemos a liberdade de chegar bem antes e aproveitar mais os espaços de fazenda onde estão inseridas as atrações. Vimos que os turistas que estavam utilizando as vans chegavam sempre em cima da hora marcada, faziam os passeios, almoçavam e iam logo embora sem conseguir aproveitar mais plenamente o local.
Os atrativos são distantes do centro de Bonito portanto quem não aluga carro precisa contratar o serviço de vans para chegar até o local onde os passeios serão realizados. O valor de cada passeio não inclui o transporte até ele.
Os táxis só funcionam dentro da cidade e não há transporte público que leve até os locais.
Das atrações que visitamos a mais próxima ficava a 17 km e a mais distante ficava a 52 km. As estradas secundárias são de terra e a maioria proporciona admirar belas paisagens. No retorno dos passeios se planeje para pegar o pôr do sol na estrada. É divino! Sempre parávamos para apreciá-lo e fotografá-lo.
Onde se hospedar em Bonito
Ficamos na Pousada Arte da Natureza com localização perfeita, ou seja, próxima das ruas principais e do comércio sem estar na muvuca. Quando chegávamos dos passeios colocávamos o carro na garagem e fazíamos tudo a pé.
A pousada é charmosa, todos os ambientes têm decoração bem cuidada nos mínimos detalhes, muitas plantas e jardins bonitos. Ao todo são 3 prédios e ainda assim a pousada está sendo ampliada. De um lado da rua fica uma parte que parece ser um pouquinho mais antiga, com 2 piscinas, salão de café da manhã e jardins com mesas onde também é possível sentar para o café da manhã e pro happy hour. Do outro lado da rua tem a parte mais moderna da pousada onde os quartos têm piscininha na varanda. Super charmoso! Nos demais quartos as varandas têm rede e cadeira.
O quarto que nós ficamos era simples, de bom tamanho com cama de casal e cama de solteiro, banheiro também de bom tamanho. Ele ficava na ala mais antiga, no andar térreo e de frente para a piscina. Cabe salientar que no site do Booking as fotos mostram os quartos da ala moderna.
A pousada conta com estacionamento embora seja possível deixar o carro na rua já que ela é bem sossegada e tranquila.
Na sexta, sábado e domingo acontece um happy hour muito agradável ao som de música ao vivo e repertório de qualidade. O cardápio era bem variado e os pastéis e drinks que pedimos estavam deliciosos.
Os funcionários eram muito simpáticos e sempre "puxavam conversa" nos perguntando sobre o passeio que faríamos no dia seguinte, se já tínhamos visitado o lugar X e se estávamos gostando da cidade.
O melhor de tudo é que a agência H2O conseguiu essa pousada por um preço excelente e ainda pudemos parcelar em 10 vezes.
O que fazer em Bonito em 4 dias
A primeira coisa a dizer é que Bonito é realmente um destino que proporciona turismo de qualidade em espaços muito bem cuidados: limpos, bonitos, com excelente infraestrutura e organizadíssimos onde podemos conhecer maravilhas naturais aliadas a preservação.
Um aspecto que merece um super destaque é que nos passeios que fizemos os guias foram enfáticos nas orientações de cuidado com o meio ambiente e com a nossa segurança. Aliás, ficamos impressionados com a qualidade dos guias: simpaticíssimos, agregadores, respeitosos, experientes e com grande conhecimento sobre a flora, fauna e história da região. Esperavam o grupo estar reunido para dar as explicações ou repetiam.
O preenchimento da ficha com informações de saúde é de extrema importância e não pode passar despercebido. Nela também é solicitado o convênio médico e telefone de uma pessoa a ser contactada em caso de necessidade. Coisas simples devem ser escritas pois problemas acontecem e essas informações podem salvar vidas.
Outra observação é que os atrativos ficam em vários municípios próximos, tais como Jardim e Bodoquena.
Quero deixar aqui a dica de aproveitar o almoço nos passeios em que ele já está incluído no valor do mesmo pois valem muito a pena: farto, variado e muito saboroso.
No primeiro dia fizemos a Flutuação no Rio da Prata e depois fomos ao Buraco das Araras. No segundo dia, o passeio foi à fazenda Ceita Corê - trilhas e cachoeiras. O terceiro dia foi a vez da Estância Mimosa também com trilhas e cachoeiras e no último dia fomos ao Rio Sucuri que tb oferece flutuação. Cada passeio tem suas próprias belezas e seus diferenciais. Os guias foram sensacionais e fizeram a diferença.
Flutuação no Rio da Prata
Esse passeio é no Recanto Ecológico Rio da Prata, distante 57km de Bonito, no município de Jardim. O Recanto é uma fazenda particular, onde a principal atração é a flutuação no rio da Prata.
Ao chegar à propriedade o visitante é recebido em um simpático casarão com jardim onde o visitante preenche a ficha médica, confere seu horário de agendamento e é informado sobre o nome do guia do seu grupo.
Chegamos cedo e enquanto esperamos fomos conhecer um pouco da fazenda que é enorme. O espaço que conta com árvores frondosas, redário, mesas e cadeiras espalhadas por áreas gramadas tem também gansos, seriemas, lindas araras, um haras com cavalos. Destaque merecido para o fogão a lenha, onde o maravilhoso doce de leite é feito artesanalmente em um tacho de cobre. Dica: Não deixe de comprar o doce de leite do Recanto Ecológico Rio da Prata
No horário marcado a guia reuniu o grupo e passou todas as orientações, tais como: deixar todos os pertences guardados nos armários e como vestir e despir a roupa de neoprene. Só então ela deu início ao passeio conduzindo o grupo por uma horta e nos mostrando que ali é produzido tudo que é consumido nas refeições. Depois pega-se um caminhão/jardineira para ir até o rio e ao longo do trajeto a guia dá explicações sobre a mata nativa e formas sustentáveis de cuidado, sobre os animais que vivem ali além de mostrar bromélias e árvores típicas.
Para começarmos a tão esperada flutuação a guia Carmen reuniu o grupo em um deck de madeira, ensinou sobre o uso de todos os equipamentos e explicou como fazer a flutuação. Todos foram convidados a colocar as máscaras e experimentar a movimentação que tem que ser feita na flutuação. Não é para nadar e nem pode pisar no fundo do rio. Na verdade, as pessoas flutuam descendo o rio sendo levadas pela correnteza.
Um funcionário que já estava no deck ofereceu, para alguns que estavam inseguros, uma máscara chamada "full face", que é simplesmente fantástica e trouxe muito mais conforto para a flutuação. Ela tem um custo extra, mas vale a pena. Só quando todos estavam seguros é que teve início a atividade.
A transparência da água é impressionante. A vegetação do leito do rio é incrível. Tem trechos do rio bem rasos e outros muito fundos. É possível ver muitos peixes, mas no dia do nosso passeio não encontramos aquela diversidade de peixes coloridos que vemos nos folders de divulgação. Uma delícia ser conduzida pela correnteza, algumas vezes bem de leve, o que exige maior movimento de braços para se deslocar. Fiquei um pouco apreensiva com a possibilidade do surgimento de cobras e outros bichos, mas não vimos nada. Ameiiiiii a experiência. Que paz! Que sensação maravilhosa! Consegui flutuar o tempo todo.
A postura da guia Carmem foi fundamental para o sucesso da flutuação. Muita alegre e brincalhona criou um clima bem descontraído. Foi muito acolhedora com todos, em especial, com um casal que estava tenso demais pois não sabia nadar. Deu tempo para todos se adaptarem e se ofereceu para fazer o passeio levando o casal cada um segurando no seu pé. Carmen foi orientando os participantes a nadar mais para direita ou esquerda e sinalizando sobre galhos, peixes etc…
Ao término do passeio a jardineira esperou nosso grupo e nos levou de volta à sede onde foi servido o almoço. Comida e sobremesas deliciosas. Para o almoço cada um pode sentar onde quiser para fazer a refeição, mas várias pessoas que fizeram o passeio no mesmo grupo sentaram juntas e foram dando dicas de outras atividades legais da região.
Por sugestão de outros viajantes do nosso grupo de flutuação e pela proximidade fomos do Rio da Prata direto para outro atrativo chamado Buraco das Araras, que é uma das maiores dolinas do mundo com 100 metros de profundidade. No dicionário consta a seguinte definição “dolina é uma depressão circular em forma de funil que ocorre na superfície de terrenos calcários''. Outra definição diz: “é uma depressão no solo característica de relevos cársticos, formada pela dissolução química de rochas calcárias” …
O passeio pelo Buraco das Araras, considerado um santuário das araras vermelhas, é acompanhado por um guia e segue por uma trilha que circunda o buraco. Nesse entorno tem 2 plataformas de observação de onde os visitantes podem admirar um cenário de incrível beleza natural. As paredes desse grande buraco, que são de tons terrosos e têm muitas árvores no topo, oferecem abrigo para vários ninhos de araras. Elas têm cores intensas e faziam um verdadeiro balé voando de um lado pro outro enquanto outras que tiveram filhotes recentemente tomavam conta dos ninhos. Outros pássaros coloridos também passeiam por lá. É um belíssimo passeio de contemplação.
Tanto a Flutuação do Rio da Prata quanto o Buraco das Araras são chamadas de RPPN, que significa Reserva Particular do Patrimônio Natural, ou seja, elas são "uma categoria de unidade de conservação criada pela vontade do proprietário rural, sem desapropriação de terra e em caráter perpétuo”.
No dia seguinte fizemos o passeio à Fazenda Ceita Corê, distante 39km de Bonito. Uma propriedade com estrutura fantástica: casa de fazenda toda mobiliada, piscina abastecida com água de nascente, um deck enorme às margens do lago com caiaques, pérgolas com mesas, espreguiçadeiras e cadeiras. O valor do ingresso inclui café da manhã, almoço e um lanchinho além, é claro, de todo o equipamento.
Assim que o visitante chega à fazenda é encaminhado a preencher a ficha com informações médicas , conferir o horário agendado e saber quem será o guia. Para começar bem animado o visitante pode passar por uma mesa de café da manhã. Só então é encaminhado para a jardineira que levará ao ponto inicial do passeio. Durante o percurso o visitante irá conhecer trilhas, 6 cachoeiras, piscinas naturais, 4 pontes suspensas e uma caverna submersa onde fica a nascente do rio Chapena,
Apesar da trilha ser longa ela é fácil de ser percorrida. Quem não sabe nadar não aproveitará muito as cachoeiras e as piscinas naturais mesmo com colete pois a pessoa nada, nada e não sai do lugar. As cachoeiras ficam em locais um pouco fechados pela vegetação e talvez por isso a água seja muito gelada. Como a região tem terreno com muito calcário é perigoso subir nas pedras, pois elas podem se esfacelar.
As pessoas que conseguiram ver a nascente do rio Chapena disseram que ela é maravilhosa. Imagino que sim, pois fica dentro de uma gruta fantástica mas para entrar era super difícil. Tinha que fazer grande esforço no nado porque a força da água empurrava a pessoa pra fora da caverna. Além disso era preciso fazer apneia e só depois de entrar na caverna é que tinha espaço para colocar a cabeça fora da água e respirar.
Terminado o passeio é hora de retornar para a fazenda e ir direto para o almoço que é servido na casa sede. Procure um lugar em uma das mesas coletivas distribuídas nas varandas e se delicie com os quitutes que podem ser consumidos a vontade. Não é preciso dizer que nos fartamos com a comidinha caseira feita no fogão a lenha.
Quem está de transporte próprio pode esticar sua permanência e curtir a piscina, o lago e alguns lugares instagramáveis ou descansar no redário.
Terceiro dia em Bonito e lá fomos nós para a Estância Mimosa, uma fazenda a 24km do centro da cidade, que também é uma RPPN. A Fazenda Estancia Mimosa oferece o maior circuito de cachoeiras em Bonito. É um dos passeios mais legais da região e vale muito a pena conhecê-la.
Chegamos mais cedo e ficamos encantados com o espaço da fazenda que é daquelas bem típicas. Cercada por árvores e jardins por onde patos e gansos caminham pra lá e pra cá. Nas árvores tucanos, araras vermelhas e outras azuis e amarelas parecem dialogar. Num lago do lado direito da casa sede jacarés descansam preguiçosamente e no redário os pavões surpreendem os visitantes.
Como nos demais passeios fomos muito bem recebidos e depois dos procedimentos iniciais, o guia deu as orientações de segurança e começamos a caminhada pela trilha. Aí pegamos a "jardineira" para ir até o início da trilha. Como já disse anteriormente chama atenção como os guias são bem preparados em termos de conhecimento histórico, geográfico e sobre a flora e fauna local.
No percurso conhecemos nove cachoeiras onde dá para tomar banho e nadar, caminhada por passarelas de madeira e por trilhas na mata, sensacional passeio num barquinho com motor elétrico pelas águas verdes do rio e cenários maravilhosos. Em cada cachoeira tem um tempo de parada. Elas não são altas. Para os aventureiros tem uma plataforma de 6 metros de onde se pode dar saltos. Todo tempo ouvimos as explicações do monitor sobre a mata nativa.
Ao retornarmos fomos direto para o almoço, que por sinal estava muito bom! Não abuse da comilança pois a sobremesa, que é doce de leite, é imperdível! Gostamos tanto desse passeio que fomos praticamente os últimos a ir embora.
Fechamos nossa estadia em Bonito fazendo no quarto e último dia o passeio de Flutuação do rio Sucuri, considerado o 3º rio mais cristalino do mundo!
Mais uma vez o guia recebeu o grupo, explicou sobre a importância da roupa e máscara e nos encaminhou para o caminhão para irmos até a trilha e de lá até o rio. Em todos os passeios os guias explicam sobre o ambiente da fazenda e o que ela produz.
A flutuação no rio Sucuri tem um percurso bem longo e é todo tempo acompanhado por um barco de apoio. Um guia vai na água junto com os participantes do grupo. Ele vai chamando atenção para detalhes da paisagem e dando informações. A água é extremamente cristalina em função da quantidade de calcário e sendo assim é possível observar com muita nitidez o leito do rio que é maravilhoso! Uma vegetação incrível! Essa segunda experiência de flutuação foi bem mais tranquila. Infelizmente, não é possível levar celular nem câmera para fotografar durante o passeio, pois é uma atividade de flutuação na água. Só com câmera GOPRO com capa protetora.
Como esse passeio não inclui almoço, assim que ele termina as pessoas se dispersam. Nós permanecemos na fazenda por um tempo aproveitando o conforto e beleza do lugar.
Todos os monitores destacaram que as atrações visitadas estão dentro de propriedades particulares que não vivem só do turismo. Elas têm também a pecuária e a agricultura como fonte de renda.
Minhas observações sobre os passeios em Bonito:
# Os passeios são caros e os locais a serem visitados ficam distantes do centro de Bonito. O valor de cada um não inclui o transporte do hotel ou da cidade para o local a ser visitado. No entanto, é importante considerar que cada atividade tem uma excepcional infraestrutura e o almoço está incluído na maioria. Sendo assim achei o valor justo.
# Só se faz passeio através de agência e segundo pesquisas os preços são tabelados.
# Observamos que alguns viajantes optaram por fazer 2 passeios por dia para aproveitar mais a viagem Achamos muito corrido e a pessoa não aproveita a fazenda e não almoça. Chega, faz o passeio e vai embora para o próximo.
# Quem depende do transfer para ir ao passeio fica presa aos horários estabelecidos pelos transfer e agencias.
# Muitas pessoas levam sabonete, xampu, toalha para tomar banho e mudar de roupa ao término das atividades. Como já tinha lido sobre isso, eu levei toalha, calcinha, short e camiseta e tirei o maiô, pois é muito desconfortável ficar molhada. O cabelo vira uma palha portanto, se puder, leve também um creme ou óleo.
# É fundamental levar uma capa poderosa de celular OU gopro com proteção para poder fotografar na água visto que os fotógrafos tiram apenas fotos apenas em alguns poucos pontos específicos. No local não tem câmera para alugar.
# Fiquei arisca (rs, rs, rs) com o barquinho de apoio na flutuação do Sucuri. Acho que já devem ter visto bichos (jacaré, cobra e ariranha) no rio.
# Vale ressaltar que Bonito é um destino bem interessante para viajantes 60+.
O que faria diferente no roteiro de 4 dias em Bonito:
Apesar dos passeios que fizemos terem sido muito legais e distintos, acabou sendo um pouco repetitivo ter 2 dias seguidos de passeios com trilhas e cachoeiras. Poderíamos ter incluído um passeio para alguma gruta pois acho que seria muito legal ter conhecido um cenário diferente. Também poderíamos ter conjugado essa viagem com a visita ao Pantanal pois fica bem perto, apenas 180km de Bonito.
Na verdade, essa foi uma viagem diferente em alguns aspectos: destino escolhido de última hora, viagem bem curta, tudo organizado/planejado por uma agência. Pra quem é blogueira de viagem que está acostumada a organizar tudo por conta própria e nos mínimos detalhes foi um desafio, mas acho importante dizer que devemos estar abertos a analisar os prós e contras de outras maneiras de viajar e embarcar naquilo que é o melhor pro momento e foi isso que fizemos.
Bem, espero que este relato seja útil para você, viajante, ter referências do que poderá fazer em Bonito em 4 dias, de um lugar legal para se hospedar e em que época viajar para esse lindo destino de ecoturismo.
FOTOS: J.C. ALVAREZ
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